Vacina em massa contra a covid-19 ou não? Infectologista de Juazeiro responde

Na última segunda-feira (31), em conversa no Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que “ninguém pode obrigar ninguém” a receber a vacina ao responder uma seguidora que disse que era preciso ter cuidado com as vacinas em desenvolvimento contra a covid-19. A fala gerou polêmica e várias entidades e especialistas criticaram. O infectologista Washington Luís, integrante do Comitê de Enfrentamento à Pandemia de Juazeiro-BA, usou as redes sociais nesta quinta-feira (3), para comentar sobre o caso.

 

O profissional ressaltou que, quando se está diante de um vírus pandêmico que provoca diversos prejuízos socioeconômicos, a vacina deve ser vista como prioridade máxima. Dessa forma, uma brecha para que as pessoas escolham ou não se vão querer ser imunizadas, pode fazer com quê o vírus permaneça ativamente circulante na sociedade.

 

“Se ele se mantém circulante, em algum momento o efeito da vacina já não vai mais existir, e aquela pessoa que estava protegida, deixa de estar e pode se infectar. Ou seja, se a nossa ideia é controlar e até mesmo erradicar, a melhor forma é vacinar em massa. Se eu dou a opção das pessoas optarem por não terem a vacina, eu posso manter esse vírus circulante, e esse vírus vai impactar não somente na saúde, mas também na economia, na educação. Quando o presidente usa uma fala dessa, ele acaba comprometendo o planejando do seu próprio governo. A fala não é condizente com a situação econômica, financeira e de saúde que o Brasil vive”, disse o infectologista.

 

Washington Luís reforçou ainda que a Constituição Federal autoriza a vacinação compulsória no país. Disse ainda que as vacinas são extremamente importantes para controlar doenças a exemplo da Varíola, que foi eliminada do país. Dessa forma, no caso da covid-19 é preciso atingir o máximo possível da população brasileira, segundo o infectologista.

 

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