Ministra do Esporte, Ana Moser, diz que Jogos eletrônicos não são esportes

A Ministra do Esporte, Ana Moser, afirmou nesta terça-feira, 10, que jogos eletrônicos conhecidos como “esports”,  não são considerados esportes convencionais. Segundo a ministra, os treinos realizados pelos jogadores da modalidade se assemelham a indústria de entretenimento, como música, filmes, entre outros.

 

“A meu ver, o esporte eletrônico é uma indústria de entretenimento, não é esporte. Então, você se diverte jogando videogame, você se divertiu. “Ah, mas o pessoal treina para fazer. Treina, assim como o artista. Eu falei esses dias, assim como a Ivete Sangalo também treina para dar show e ela não é atleta da música”, afirmou Moser.

 

Em entrevista concedida ao UOL, Moser afirmou que o governo federal não irá investir na prática. Além disso, ela lembrou que a ONG “Atletas pelo Brasil”, responsável por elaborar a Lei Geral do Esporte, não deixou o conceito amplo para poder incluir a modalidade.

 

“A questão do esporte eletrônico a nível federal ainda não é uma realidade. Não tenho essa intenção [de investir nisso]. No meu entendimento, não é esporte”, declarou

 

Mercado de “esports”

Segundo a Newzoo, principal fonte de dados sobre a indústria de games, o público geral dos campeonatos de eSports saltou de US$ 397,8 milhões para US$ 435,9 milhões de 2019 para 2020.

 

Até 2024, a empresa prevê que o público alcance a marca de US$ 577,2 milhões. Apenas em 2021, a indústria movimentou mais de 1 bilhão de dólares no mundo.

 

Como ser um atleta de ‘esports’?

No eSports, o atleta se mistura ao de influenciador digital e criador de conteúdo. Mas, se o objetivo é se profissionalizar, o gamer SJ Santos fala que existem alguns passos para passar de um jogador casual a um atleta de eSports.

 

Para qualquer tipo de game, o primeiro passo é começar a jogar competitivamente online e em servidores ranqueados oficiais. “Você vai subindo de patente, como no exército, e ficando bom. Você precisa ficar no servidor oficial do jogo, assim se garante que não usou nenhuma trapaça”, explica SJ.

 

Geralmente, os profissionais mantêm uma rotina de horas de jogo diariamente e com objetivos claros para melhorar seu ranking. É possível fazer melhorar sozinho ou já começar a procurar parceiros para jogar em equipe para começar a entrar em campeonatos amadores.

“Equipes estão de olho nos próximos talentos, a forma de se apresentar ao mercado é jogando com patente alta e ganhando notoriedade em campeonatos”, diz.

 

Também é possível se especializar em estilos de personagens, como um curandeiro, ou em posições, no estilo de times de futebol que têm goleiros e atacantes.

 

Assim como atletas do skate, manter sua presença nas redes sociais e ter vídeos compilando seus melhores momentos e jogadas ajuda a ganhar espaço na indústria.

 

Com informações: Exame

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

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