Durante a cheia do Rio São Francisco, orientação é evitar o banho; saiba os cuidados que devem ser tomados

Estamos no verão, época de altas temperaturas e também das férias. Nesse período muita gente aproveita para se refrescar nas águas do Rio São Francisco. Mas com a cheia do rio alguns cuidados são importantes na hora do banho.

 

O aumento da vazão da barragem de Sobradinho deixa o rio mais cheio e também mais perigoso. As águas ficam turvas e cheias de vegetação, um risco para os banhistas.

 

“Com o aumento da vazão do Rio São Francisco, para quatro metros cúbicos por segundo, a orientação é evitar o banho, porque o rio muda totalmente de configuração, a correnteza vai aumentar muito e as áreas de remanso, que geralmente ficavam com uma correnteza mais calma não vai estar mais assim, vai diminuir as áreas. O próprio leito do rio também muda sua configuração, pode ter o desprendimento de vegetação galhadas, por essa variação de corrente. Então a orientação durante esse período, eu sei que a gente tá em época de férias escolares, nesse período de verão, alta temporada, mas com essa mudança a orientação é evitar entrar”, informou o Tenente Breno Gusmão, chefe da seção de mergulho e salvamento aquático.

 

Na Ilha do Fogo a faixa de areia foi praticamente tomada pelo rio. A água tomou conta da área de descanso dos banhistas, o nível está em três metros de profundidade. Maria do Carmo mora em São Paulo e veio passear em Petrolina, mas o banho de rio vai ficar para a próxima, ela preferiu não arriscar entrar na água.

 

“Não consegui tomar um banho de rio, cheguei na hora errada, na hora da barragem, mas por um lado é bom, né, porque graças a Deus a gente sabe que o rio tá cheio”, disse Maria do Carmo, aposentada.

 

De acordo com dados do Corpo de Bombeiros no ano passado foram registrados 182 afogamentos em Pernambuco, menos que em 2021, quando foram registrados 196 casos. Aqui no sertão do estado, o cenário é outro, foram 51 afogamentos em 2022, um aumento de 50% em relação a 2021, que foram 34.

 

“Caso você esteja no local, banhando e seja levado pela correnteza a orientação é nadar em direção à margem. Não tente vencer a correnteza porque com essa vazão a chance é muito pouca. Evitar crianças em ambientes aquáticos que tenha correnteza, e quando tiver, à distância no máximo de um braço, todos com boias, utilizando coletes, em embarcações, também, é obrigatório. Evitar que chegue na borda da embarcação porque como o rio está com essa vazão elevada, a água fica mais turva, desce galhada, desce vegetação e caso alguém chegue a cair no rio ou seja levado pela correnteza, não tene entrar para salvar, porque se você não tiver a técnica adequada você pode se tornar a outra vítima”, completou o Tenente Breno Gusmão.

 

Para evitar acidentes banhistas devem evitar o uso de bebidas alcoólicas, e os pais ou responsáveis devem ficar atentos às crianças e aos adolescentes, principais vítimas de casos na região.

 

“Álcool em meio líquido, até em piscinas não é recomendável, é muito arriscado, se for beber não entre em meio aquático, principalmente com correnteza, você não vai ter a mesma capacidade física e nem discernimento, então a recomendação é nem entrar. Crianças e adolescentes, que são até a maioria dos casos de afogamentos, gostam muito de saltar de determinadas alturas; evitar porque pode não ter a profundidade que ele acha que tem, ele pode cair de mau jeito, é muito perigoso a situação do salto, então é evitar o salto, principalmente em lugares, mais uma vez, com correnteza”, finalizou o tenente chefe da seção de mergulho e salvamento aquático.

 

Com informações G1

Foto: reprodução GRTV

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