Ao contrário de outros países, Brasil só vai fechar plano de imunização quando alguma vacina for registrada na Anvisa

Enquanto países como Reino Unido, Alemanha, Espanha e Canadá já criam estratégias para vacinação contra a covid-19, no Brasil, o plano de imunização só ficará pronto quando ao menos uma das vacinas estiver registrada na Anvisa, disse o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, nesta terça-feira (1º). “Nós estamos avançando com o plano de imunização para Covid-19 e devemos ter os resultados ainda esta semana sobre os 10 eixos”, disse Medeiros.

 

O Ministério da Saúde já informou que uma vacina contra a Covid-19 não deve ser oferecida para toda a população em 2021. Ele também ressaltou que a vacina que será administrada precisa ser termoestável, ou seja, que não precise de baixíssimas temperaturas de armazenamento, como ocorre com candidatas da Pfizer e da Moderna. A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) já havia alertado que países nas Américas não estão prontos para receber vacinas contra a Covid-19 baseadas em RNA (material genético), que precisam ser armazenadas em temperaturas muito baixas.

 

Até o momento, nenhum laboratório solicitou o registro de sua vacina à Anvisa e o órgão diz que precisará de pelo menos 60 dias pra analisar eventuais pedidos. Pesquisadores e parlamentares tem que a ausência de informações sobre o plano vacinal não seja tão consistente. O Brasil tem um acordo para a transferência de tecnologia da vacina da AstraZeneca e participa de um consórcio global, o Covax Facility. Alguns estados já fizeram acordos para adquirir vacinas promissoras, como por exemplo São Paulo com a Coronavac e a Bahia com a Sputinik V.

foto: JOHN CAIRNS/AP

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