Voltado para o público LGTBQI+, clipe “Queer” é gravado na Caatinga

Falar sobre aceitação, amor próprio e liberdade é a proposta central da música “Amor sem limites”, do ator, cantor e bailarino Deivisson Cruz. Voltada para o público LGBTQI+, a canção foi transformada em clipe recentemente. Todas as cenas foram gravadas na região do Vale do São Francisco, em uma chácara localizada em Petrolina, próximo ao Serrote do Urubu. O cenário principal é a Caatinga.

 

O trabalho musical é resultado do projeto Sertão Queer, organizado por Deivisson, com produção executiva de Wllyssys Wolfgang, e tem como objetivo realizar produções com temáticas relacionadas à comunidade LGBTQI+. Esse termo, inclusive, já passou por algumas modificações ao longo dos anos, sempre com a intenção de contemplar todas as identidades de gênero existentes no mundo. “LGB” se refere a lésbicas, gays e bissexuais. Já “TQI+”, se refere a transsexuais, travestis e transgêneros; e a queers, aquelas pessoas que preferem não serem rotuladas. E é esse último termo que dá nome ao projeto, que surgiu da necessidade de dialogar diretamente para e com esse público, construindo representatividade por meio da arte.

 

“O projeto, atrelado ao clipe, fala muito sobre essa opção que não nos foi dada. Nós nascemos desse jeito e não tivemos outra opção. Não que isso seja uma coisa ruim, mas é só para que as pessoas entendam que o respeito, o cuidado e a empatia começam daí, quando olho para a pessoa e vejo que ela é simplesmente assim e a gente precisa aceitar e amar ela do jeito que é”, pontua Deivisson.

 

A música “Amor sem limites” é uma composição de Deivisson e Amós Albuquerque. Com simplicidade nas palavras e melodia dançante e envolvente, a canção traz trechos encorajadores e de protesto, como “Disseram que o amor era para poucos”; “Eles sabem que errado é não viver e sem medo eles se permitem ser”; e “No amor, a gente dança sem palpites de ninguém”.

 

Para Deivisson, o trabalho musical vai alcançar os corações daquelas e daqueles que precisam saber que são importantes e que todas e todos têm o mesmo direito de serem livres para viver e amar. “Acho que a vida é nossa e precisamos dançar conforme a melodia que toca no nosso coração. Seguindo nossas vontades, não existem limites para sermos quem somos”, declara.

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