Projeto social ‘Falcão Real’ contribui para a formação de jovens juazeirenses que sonham com carreira no mundo da bola

As escolinhas de futebol de bairro possuem papel importante na vida daqueles e daquelas que sonham em emplacar a carreira futebolística em grandes times. Nelas são revelados grandes talentos que, aos poucos, vão ganhando cada vez mais espaço e vivendo experiências (boas e até mesmo más), passos importantes para consolidação da carreira. Em Juazeiro-BA, a Escola de Formação Falcão Real Sport vem, desde 2015, desenvolvendo um importante papel na construção e revelação de jovens com futuros promissores no futebol. Suas origens são o bairro Quidé.

 

Tudo começou com uma simples atitude do hoje treinador Raone Caio. “Comprei uma bola e tive a ideia de fazer um time de futebol com os amigos. Mas a coisa foi ficando cada vez mais séria e disputada, ao ponto de recebermos convite para jogos com equipes de bairros vizinhos. Foi aí que demos nosso primeiro passo no projeto”, conta Raone, que acrescenta que logo a ideia caiu no gosto da comunidade. “Por ser um projeto novo, em um bairro carente e com custo zero, em pouco tempo conquistamos a garotada, e já éramos o único projeto da comunidade”, revelou.

 

O projeto foi ganhado cada vez forma e adeptos, e a ideia era uma só: contribuir na profissionalização desses atletas. Desafios não faltaram. “Para isso precisamos ir em buscar de conhecimento e apoio, coisa que não era fácil para um projeto que tinha um rapaz tão novo a frente. Para muitos não passava de uma brincadeira, ou até mesmo uma perca de tempo. Mas com muita persistência, força, garra e determinação, nunca desistimos”. Essa resiliência rendeu – e vem rendendo – bons frutos para o Falcão Real Sport, mas principalmente para alguns atletas.

 

 

Um deles é o jogador Jeferson, que hoje faz parte da base do time do Treze da Paraíba, maior clube do Estado, e o Thierry Silva, que hoje está na base de um dos maiores clubes do Brasil, o Palmeiras. Apesar das vitórias, as dificuldades ainda são muitas, principalmente no que diz respeito a falta de recursos e estrutura adequada. “Por ser um projeto social, não cobramos nada dos atletas. O pouco patrocínio que conseguimos não é suficiente para desenvolver um trabalho maior e mais qualificado. Já chegamos a não ter dinheiro para comprarmos bola. Tirei do meu salário”, revelou Raone Caio, que diz estar com as portas abertas para apoiadores e patrocinadores.

 

Apesar das dificuldades, o Falcão Real Sport – que está com matrículas abertas para atletas de 7 a 20 anos , tem boas perspectiva para 2022. “Estamos vendo a possibilidade de uma parceria com a base de um time profissional para termos acesso direto a base, e assim conseguirmos garantir uma melhor profissionalização dos nossos atletas, e também de apoios para que possamos melhorar ainda mais nossa estrutura de trabalho”, finaliza Raone Caio.

 

O contato com o Falcão Real Sport pode ser realizado pelo Instagram @falcaorealsport ou pelo WhatsApp (87) 99136-2840.

 

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