Ministro sugere pena de morte para feminicídio e reacende debate sobre punições mais duras no Brasil
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, defendeu nesta segunda-feira (22) que o governo federal avalie a possibilidade de penas mais severas, incluindo a pena de morte, para autores de feminicídio no Brasil.
A declaração foi feita ao comentar casos recentes de violência extrema contra mulheres.
“Semana retrasada eu vi um cidadão que matou a esposa na frente dos filhos. Um cidadão desse não tem jeito. O Brasil precisa avaliar até a pena de morte para esse tipo de indivíduo”, afirmou o ministro.
Silvio Costa Filho ressaltou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já conduz uma campanha nacional de combate ao feminicídio, mas destacou que o debate precisa avançar também no campo da segurança pública e do endurecimento das penas.
“Esse debate o presidente Lula já está fazendo internamente, e queremos ampliar cada vez mais essa discussão nos estados e nos municípios”, completou.
As declarações ocorrem em meio à forte repercussão de casos de agressão e assassinatos de mulheres registrados em diferentes regiões do país nas últimas semanas, o que tem intensificado a cobrança por respostas mais firmes do poder público.
O presidente Lula, inclusive, tem abordado o tema com frequência. No último sábado (20), ele destacou a gravidade da violência contra as mulheres na América Latina, apontando a região como a mais letal do mundo para a população feminina.
“A América Latina também ostenta o triste recorde de ser a região mais letal do mundo para as mulheres. Segundo a Cepal, 11 mulheres latino-americanas são assassinadas diariamente”, afirmou o presidente durante um encontro regional.
O debate sobre punições mais duras para crimes de feminicídio deve continuar no centro das discussões políticas nos próximos meses.

