Ministério da Saúde muda protocolo e libera uso de cloroquina para casos leves de Covid-19

foto Marcelo Casal/Agencia Brasil

 

Mesmo sem comprovação científica e sem recomendação da Sociedade Brasileira de Infectologia, o Ministério da Saúde divulgou nesta quarta-feira, 20, novo protocolo para uso da cloroquina em pacientes no início do tratamento, diante dos primeiros sintomas. Até então, a pasta recomendava o remédio apenas a doentes internados em estado grave. O protocolo da cloroquina foi motivo de atrito entre Bolsonaro e os últimos dois ministros da Saúde, Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich. Em menos de um mês, os dois deixaram o governo.

 

No novo protocolo divulgado pelo ministério não aparece assinatura de nenhuma autoridade. O texto mantém a necessidade de o paciente autorizar o uso da medicação e de o médico decidir sobre a aplicar ou não o remédio. O termo de consentimento, que deve ser assinado pelo paciente, ressalta que “não existe garantia de resultados positivos” que “não há estudos demonstrando benefícios clínicos”.

 

O documento afirma ainda que o paciente deve saber que a cloroquina pode causar efeitos colaterais que podem levar à “disfunção grave de órgãos, ao prolongamento da internação, à incapacidade temporária ou permanente, e até ao óbito”. (Com informações do G1)

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