Médico filma trabalhador acorrentado, é acusado de fazer apologia à escravidão, e pede desculpas: “Foi zoeira”

O médico que causou polêmica ao publicar um vídeo de um trabalhador acorrentado no Instagram e ironizar a escravidão, pediu desculpas. Márcio Antônio Souza Júnior, conhecido como Doutor Marcim, disse que tudo “foi uma encenação teatral” e “uma zoeira”. Ele aparece nas novas imagens ao lado do funcionário que surgiu no primeiro vídeo acorrentado pelos pés, mãos e pescoço, como se fosse um escravo. O médico alega que eles decidiram em conjunto fazer a filmagem, que virou caso de polícia.

 

No primeiro vídeo, o médico diz: “Aí, ó, falei para ele estudar, mas ele não quer. Então, vai ficar na minha senzala”. Mas na explicação publicada em seu perfil no Instagram ontem (16), Márcio Antônio argumenta que não teve a intenção de magoar, irritar ou fazer apologia à escravidão. As imagens, no entanto, consideradas de profundo mau gosto pela Polícia Civil de Goiás (PCGO) e repudiadas pela prefeitura local, geraram enorme repercussão.

 

O trabalhador, que informou à polícia em interrogatório que trabalha há três meses para o médico, também se pronuncia no novo vídeo: “Ele é como [se fosse] meu pai. Não tem como nem falar nada, sem palavras. Ele que me ajuda em tudo”. O homem, cujo nome não foi divulgado, apenas o apelido, Camarão, esteve na delegacia na tarde dessa quarta-feira, ao lado de um defensor público. Na ocasião, ele adiantou ao delegado Gustavo Cabral a versão de que tudo teria sido uma brincadeira. As informações são do Metrópoles.

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