Médico descreve cenário dentro de avião que caiu com Marília Mendonça

Diretor-técnico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) responsável pelo resgate da tripulação do voo que vitimou Marília Mendonça e outras quatro pessoas após a queda, na última sexta-feira (5/11), Kleyton Carvalho descreveu o terrível cenário encontrado ao chegar ao local do acidente. Em entrevista à BandNews TV, nessa segunda (8), o médico revelou detalhes da operação.

 

“Quando cheguei ao local, de muito difícil acesso, uma coisa que chamava bastante atenção também era a quantidade de combustível. Era muito combustível no local e sem contar também que não sabíamos se a aeronave ia cair ou não sobre a cachoeira, né? É um dos atendimentos, se não for o mais complicado que realizei até hoje”, garantiu. Kleyton contou ter sido a primeira pessoa a conseguir entrar na aeronave. “Verifiquei todos os sinais vitais para ver se contava com vida, era a nossa esperança, né?”, continuou o profissional.

 

O médico do Samu não consegue garantir se os tripulantes usavam o cinto de segurança na hora do acidente. “Provavelmente a causa da morte realmente foi politraumatismo, não se sabe nada. Se eles estavam de cinto ou não, não sei afirmar. Se ele [o cinto] rompeu durante a queda ou outro momento…”, respondeu Kleyton. Antes de cair em Caratinga, o avião bateu em uma torre de transmissão da companhia energética de Minas (Cemig). Um cabo estava enrolado na hélice da aeronave.

 

“A aeronave estava bastante danificada, bastante quebrada. Tinham pertences e malas sobre as vítimas. Por fora, realmente parecia que o estrago não foi tão grande. Era muito difícil, pelo estado da aeronave, ter alguém com vida”, avaliou o médico. A Polícia Civil de Minas Gerais investiga se é o mesmo cabo que se desprendeu da torre.

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