CHECK NOTÍCIAS: Pfizer patenteou sistema de rastreamento de vacinados por micro-ondas? É falso

Circula pelo WhatsApp um vídeo segundo o qual a Pfizer, fabricante de um dos imunizantes contra a Covid-19, patenteou um sistema capaz de rastrear vacinados por meio de micro-ondas e do óxido de grafeno, supostamente presente em sua composição. De acordo com o homem que aparece no vídeo, a vacina da empresa possui componentes que mantêm os indivíduos conectados à internet.

 

A informação analisada pela Lupa é falsa. A citada patente existe, mas não tem relação com a farmacêutica Pfizer, nem prevê o rastreamento ou controle de vacinados por meio de algum dos componentes da vacina contra a Covid-19. Na verdade, a ideia é criar um sistema inteligente capaz de detectar indivíduos mais suscetíveis a doenças infecciosas, priorizando sua vacinação ou tratamento, com base na movimentação captada por dispositivos eletrônicos externos como celulares e câmeras de segurança. Além disso, não há óxido de grafeno na composição dos imunizantes contra a doença.

 

O vídeo analisado é um trecho do programa produzido pelo jornalista Claudio Lessa e publicado em diferentes plataformas no dia 27 de outubro. Em tom conspiratório, ele sugere que a vacinação seria parte de um plano para criar um sistema de controle e reduzir exponencialmente a população mundial. Lessa reproduz informações distorcidas que circularam em grupos antivacina sobre o conteúdo da patente US11107588B2, concedida nos Estados Unidos em 31 de agosto.

 

Ao contrário do que Lessa afirma, o sistema descrito no registro estadunidense não prevê o “rastreamento de pessoas inoculadas”, mas propõe um método para estabelecer uma fila de prioridade no tratamento ou na vacinação contra doenças infecciosas. Por e-mail, a assessoria da Pfizer declarou que desconhece o suposto registro de patente e negou a presença de componentes que promovam o rastreamento dos vacinados em seu imunizante contra a Covid-19.

 

*com informações da Agência Lupa

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