Workaholic saiu de moda? Profissionais, incluindo chefes, querem mais tempo para viver a vida, aponta pesquisa

Profissionais de diferentes níveis hierárquicos, incluindo chefes, estão redefinindo suas prioridades no mercado de trabalho, apontam diferentes pesquisas.

 

Os dados mostram uma mudança significativa no cenário profissional, onde a crescente busca pela qualidade de vida, incluindo saúde física, mental e emocional, supera o tradicional foco de ascensão de carreira.

 

Pesquisa mostra que qualidade de vida é prioridade

 

A pesquisa Carreira dos Sonhos, da Cia de Talentos, feita no ano passado, confirma essa tendência apontadas pelos jovens profissionais.

 

Nessa pesquisa ficou bem forte a questão da priorização de qualidade de vida. Para todos os públicos, qualidade de vida está em primeiro lugar

 

Anteriormente, o sucesso profissional era considerado a prioridade máxima por 67% dos 72.593 entrevistados em 2016. No entanto, os dados mais recentes mostram uma mudança significativa: agora, 56% dos respondentes apontam a qualidade de vida como a relevância número um, enquanto apenas 10% consideram trabalho e carreira como o mais importante.

 

O estudo adotou uma abordagem quantitativa, utilizando um formulário online, para mapear mudanças comportamentais em profissionais e identificar tendências entre diferentes estratos hierárquicos. Com 91.380 respondentes, o público-alvo incluiu estudantes universitários e profissionais graduados em todo o país.
Para Galdini, todas as últimas pesquisas, mostram que as pessoas estão repensando o papel do trabalho, de qual espaço que elas querem que ele ocupe em suas vidas.

 

“Os profissionais em início de carreira, média gestão e alta liderança fizeram esse movimento, de repensar o trabalho, repensar o espaço que elas querem que ele ocupe, mas para quem está em início de carreira isso aparece com uma força um pouco maior”, afirma a diretora. “As pessoas esperam sim ter reconhecimento, trabalhar com propósito, ter uma remuneração justa, tudo isso continua, mas com esse olhar de que trabalho é uma parte da minha vida, e não pode ser a minha vida toda”, completa.

 

Outro aspecto destacado pela pesquisa é o aumento da satisfação pessoal entre os profissionais jovens.

 

Cerca de 77% deles afirmaram estar satisfeitos com seu próprio desempenho profissional, destacando uma mudança na percepção individual em relação ao trabalho e à carreira, evidenciando um crescente olhar interno em busca de propósito, estabilidade e conforto.

 

Fonte: Estadão
Foto: Imagem de DC Studio no Freepik

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