Universidade do Ceará desenvolve método para preservação de rins para transplantes, entenda:

Na Universidade Estadual do Ceará (Uece) pesquisadores encontraram uma alternativa mais acessível e eficaz para a preservação de órgãos. Para isso, eles utilizaram uma solução à base de água de coco desidratada. A invenção garantiu à Uece sua sexta patente, concedida pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).

 

De acordo com a médica-cirurgiã e professora da Uece, Ivelise Canito Brasil, orientadora do estudo, a proposta foi desenvolver um produto nacional, capaz de preservar órgãos para transplante e, assim, “reduzir custos, otimizar os recursos disponíveis no Brasil e possibilitar a realização de mais transplantes”. A professora é também diretora do Hospital Universitário do Ceará (HUC) e ex-diretora do Hospital Geral de Fortaleza (HGF), referência nesse tipo de procedimento.

 

O Brasil é um dos países que mais realizam transplantes de rins no mundo. No entanto, um dos grandes desafios enfrentados globalmente nesse tipo de procedimento é a preservação adequada dos órgãos.

 

Para tentar resolver essa questão, pesquisadores do Núcleo Integrado de Biotecnologia (NIB), da Faculdade de Veterinária da Uece (Favet), utilizaram como base a água de coco desidratada.

 

 

“Optamos pela água de coco desidratada devido às suas propriedades bioquímicas e ao histórico positivo na preservação de outros tecidos. Ela possui uma composição rica em nutrientes, eletrólitos, antioxidantes e agentes oncóticos que podem ser benéficos para a preservação renal”, explica o pesquisador principal do projeto, médico Rômulo Augusto da Silveira, doutor em Biotecnologia pela Uece, em comunicado. “Embora já tenha sido testada para preservação de células e tecidos, essa é a primeira vez que a água de coco é aplicada especificamente à preservação de rins, o que torna nossa pesquisa inédita”, completa.

 

 

 

Fonte: Folha PE

 

 

Foto: Freepik

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