Um susto esperado: o que explica a nova explosão de casos de Covid-19

A ômicron, cepa do SARS-CoV-2, coronavírus causador da covid-19, que surgiu com enorme poder de transmissibilidade, porém menos letal do que as anteriores — alfa, beta, gama e delta, é quem está por trás da nova escalada de casos verificada neste momento. Há crescimento em todos os lugares. No Brasil, por exemplo, o último levantamento da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica mostrou que, entre o início de outubro e o de novembro, o índice de testes positivos passou de 3,7% para 23%.

 

O que está ocorrendo não é uma surpresa, mas é a primeira vez que o mundo experimenta o que é conviver com um vírus que veio para ficar. A ômicron continuou circulando ativamente — hoje corresponde a praticamente 100% dos casos confirmados submetidos a sequenciamento genômico no mundo —, o que permitiu a ocorrência de diversas mutações. Uma das sublinhagens, em expansão há um mês, foi apelidada dramaticamente de Cérbero, na denominação científica, é chamada de BQ.1. Nenhuma das variantes da ômicron entrou no radar de alerta da OMS.

Os imunizantes, não é demais lembrar, são os grandes responsáveis pela redução expressiva de mortes causadas pela Covid-19: 90% entre fevereiro e novembro deste ano, segundo a OMS. O problema é que o cenário brasileiro é desanimador. Por mais que 80% da população tenha tomado as duas primeiras doses, as adicionais engatinham. De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 69 milhões de pessoas ainda não buscaram a primeira dose de reforço e mais de 32 milhões não receberam a segunda dose adicional. *trechos de matéria publicada no site da Veja [leia]

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