TERAPÊUTICO, VIU?!: Pessoas pagam quase R$ 400 por uma hora de abraço de estranhos

Você já ouviu falar dos chamados ‘professional cuddlers’? Ele é um profissional que abraça desconhecidos, proporcionando contato físico para liberação de ocitocina, hormônio que estimula sentimentos de amor, união social e bem-estar. Nos Estados Unidos e no Canadá, a terapia custa em média 85 dólares (R$ 396) por hora. Em Londres, são cerca de 65 libras (R$ 396) a hora. Uma entrevista da britânica Kristiina Link ilustrou como o trabalho funciona.

 

“Em 2019, eu estava sentindo falta do lado carinhoso e afetuoso de um relacionamento depois de ficar solteira. Pensei que deveria haver um serviço onde as pessoas se ajudassem e se abraçassem – é um pouco como Uber para carinho”, disse ao jornal The Mirror em 2 de fevereiro de 2022. Segundo Kristiina, ela não é psicóloga ou qualquer outra concepção mais tradicional de terapeuta. Ela conta que cria um ambiente em que o cliente possa se sentir à vontade, conversa antes sobre possíveis desconfortos em relação a áreas de toque e acomoda as pessoas em um ambiente com música para meditação e uma cama de casal.

 

“Começo tocando música calmante, segurando as mãos e encorajo a respiração profunda para que eles se sintam presentes no momento. Nós nos abraçamos em várias posições, como ficar em pé e de conchinha, mas eu mudo a posição a cada 15 minutos, caso contrário os braços ficam doloridos e as pessoas precisam se alongar”, explica Kristiina, que fatura 1.500 libras (R$ 9.174) por mês com os atendimentos.

 

A terapeuta conta que se preocupa se os clientes não parecem melhorar entre as sessões ou aparentam estar criando algum tipo de vínculo com ela. Entre os clientes, pessoas solteiras que precisam de apoio para se sentirem menos solitárias e também quem estejam em um relacionamento, mas tem bloqueio para contato físico. A profissional explica que tenta deixar o processo claro na entrevista inicial e recomenda que as pessoas também frequentem terapias convencionais, que ela chama de ‘terapia de fala’. Segundo a terapeuta, os clientes precisam ser maiores de 18 anos, mas a maioria tem entre 30 e 40 anos. As informações são do Correio Braziliense

 

foto: Pixbay

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