Período eleitoral aumenta em até 17% risco de internações por infarto e AVC, aponta estudo

Cientistas das Universidades Columbia e Harvard e dos pesquisadores da Kaiser Permanente, serviço de gestão de saúde da Califórnia, realizaram um estudo mostrando que as eleições presidenciais, devido as divergências políticas entre os eleitores e a tensão na espera do resultado, estão associadas ao aumento das internações por doenças cardiovasculares.

 

Segundo o estudo, as eleições presidenciais americanas que elegeu Joe Biden em 2020, tiveram um aumento de 17% na taxa de hospitalização com pacientes que sofreram infarto do miocárdio ou Acidente Vascular Cerebral (AVC) em comparação com o período pré-eleitoral.

 

Isso ocorre porque quando o organismo está sob um estresse de alta intensidade, há liberação dos hormônios do estresse, como a adrenalina e a noradrenalina, na circulação sanguínea. Consequentemente, há um aumento dos batimentos cardíacos, elevando a pressão arterial, e a diminuição do diâmetro dos vasos sanguíneos, incluindo das artérias coronárias, responsáveis por levar o sangue ao coração, causando infartos que muitas vezes podem ser mortais.

 

Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), cerca de 14 milhões de brasileiros têm alguma doença no coração e cerca de 400 mil morrem por ano em decorrência dessas enfermidades, o que corresponde a 30% de todas as mortes no país. O atendimento rápido nessas ocasiões é o que faz toda a diferença e pode salvar a vida do paciente que está tendo um infarto, por exemplo. Cientistas afirmam que as condições podem ser evitadas se a pessoa for atendida no início dos primeiros sintomas.

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