Intenção da nova nota de 200 é fazer os brasileiros gastarem suas reservas; entenda

Ontem (28), muita gente foi pega de surpresa com a notícia bem inesperada: o anúncio, pelo Banco Central, da circulação de uma nova cédula, a partir de agosto, no valor de R$ 200. Mas afinal, qual a intenção dessa nova moeda na economia brasileira?

 

Uma das principais funções dessa nova nota é fazer os brasileiros gastarem. Isso mesmo. Em momento de crise pandêmica, a economia é diretamente atingida. Consequentemente, as pessoas ficam mais cautelosas na hora de gastar, e economizam, gastando menos, portanto.

 

No Brasil, o Governo Federal vem realizando o pagamento do auxílio emergencial para amenizar o impacto sentido por muitos trabalhadores, principalmente os informais. Apesar disso, muita gente, ainda bastante receosa com o futuro, têm segurado esse dinheiro em algum grau. É o que o BC chama de “entesouramento”.

 

Dessa forma, houve uma grande demanda, segundo o Banco Central, pelo dinheiro em espécie. Diante disso, conforme explicou Carolina de Assis Barros, diretora de administração do BC, a lógica é: notas de valores mais altos, como a de R$ 200, permitem que as pessoas saquem valores maiores com a emissão de menos papel. Saques maiores representam, portanto, segundo o banco, mais dinheiro em circulação.

 

Além disso, a mudança representará menos gasto para o governo produzir na produção de cédulas, já que duas serão substituídas por uma. Apesar disso, vale ressaltar, a novidade também vem gerando críticas, já que especialistas citam que cédulas de maior valor impactam negativamente o combate a corrupção, já que notas de maior valor geram um volume menor de dinheiro em espécie, facilitando a ocultação de recursos e, consequentemente, seu rastreamento.

 

A previsão é que a nova nota de 200, que terá imagem do lobo-guará, entre em circulação no fim de agosto. Os detalhes da imagem da cédula, que está em fase final de testes, não foram revelados.

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