Igor Kannário é condenado a pagar R$ 5 mil a um PM por ofensas no Carnaval

O cantor Igor Kannário foi condenado pela Justiça e terá que pagar uma indenização no valor de R$ 5 mil a um policial militar por danos morais. O cantor foi processado pelo oficial devido a falas envolvendo a Polícia Militar no Carnaval de 2020, em Salvador.

 

Inicialmente o valor pedido pelo PM foi de R$ 10 mil, no entanto, o  Juízo da 6ª VSJE de Causas Comuns de Salvador julgou improcedente a ação. O policial ingressou um novo recurso para reformar a sentença. Então, no último domingo (18), o julgamento foi proferido após o Magistrado reformular a sentença para um valor menor e condenar o réu. A justificativa é que o novo valor “observa os valores da razoabilidade e proporcionalidade”.

 

O processo pede indenização por danos morais, envolvendo ofensa à honra por “injúrias ditas a policiais militares que realizavam a segurança durante o Carnaval, ofensa que atinge de forma individual os integrantes da corporação que se encontravam em serviço na localidade”.

 

Neste caso, o documento judicial aponta que o dano é extrapatrimonial e deixa vulnerarável a imagem, a honra e a auto-estima dos envolvidos.

 

A reportagem solicitou nota com posicionamento da Polícia Militar e da assessoria do artista, mas não recebeu retorno até a última atualização da matéria.

 

Relembre o caso

 

Em 2020, o cantor Igor Kannário pediu uma vaia para a Polícia Militar da Bahia quando puxava sua pipoca no Campo Grande. De cima do trio, ele disse que viu a PM passando com agressividade para desfazer uma rodinha em meio aos foliões.

 

“Peço à imprensa, filma isso aí. Isso é abuso de poder, aubuso de autoridade. Quero uma vaia para a Polícia Militar da Bahia”, afirmou, sendo atendido. Os foliões vaiaram e depois gritaram “Uh, é o Kannário”.”Agressores, agressores! Venha me bater aqui em cima. Quero ver!”, provocou.

 

Depois, ele retomou a música Embrazando, mas um pouco à frente Kannário falou que a PM pode fazer algo contra ele. “Se acontecer alguma coisa comigo, quem mandou me matar foi alguém da Polícia Militar”, acrescentou.

 

Mais tarde, a Polícia Militar divulgou uma nota de repúdio: “Além da atitude irresponsável e criminosa o também deputado federal incitou os foliões contra os policiais militares que faziam o policiamento do circuito Osmar. É inaceitável que qualquer pessoa, ainda mais um parlamentar, tente comprometer a honra da instituição e de policiais militares que estão comprometidos e empenhados na defesa da sociedade baiana. Todas as medidas judiciais cabíveis que o caso requer serão adotadas”.

 

Kannário não ficou calado e divulgou uma nota para a imprensa dizendo que ‘não irá se calar quando excessos forem cometidos’.

 

Correio 24horas
Foto: Crédito: Paula Froes/CORREIO

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