Cultura do castigo físico na criação dos filhos segue presente no Brasil; qual a sua opinião?

Nas últimas décadas, um conjunto de países baniu o mau hábito de punir a prole com palmadas e outros gestos calcados na violência. Umas nações avançaram mais rapidamente nesse campo do que o Brasil, onde ainda circula a crença de que a rigidez produz bons resultados — um ideário em que a estratégia das penalidades físicas continua a ser não apenas tolerada, como incentivada, mesmo sem eco na ciência.

 

Os novos ventos educacionais, com muita gente qualificada defendendo a eficácia do bom diálogo, ajudaram a retirar o bolor de antigas convicções, mas não foram suficientes até agora para virar completamente a página. De acordo com um recente levantamento sobre o tema conduzido pela Vital Strategies, uma ONG de projeção internacional, 52% dos pais brasileiros reconhecem já ter apelado para tapas e afins quando o conflito aperta com a criançada.

 

Um grupo de 25% diz claramente considerar tal conduta aceitável, enquanto o restante recorreu a ela num momento em que, no calor da discussão, não viu outro caminho. Um equívoco, segundo especialistas, que defendem a demarcação de limites, mas sempre com conversa. “Evidentemente que os pais precisam promover uma criação que prepare o jovem para receber nãos e lidar com a realidade. Para isso, no entanto, devem ser firmes sem recorrer a métodos coercitivos”, enfatiza a psicóloga Ciomara Schneider, da Universidade de Brasília.

 

 

Com informações da revista Veja

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