CONFORTO DO LAR: Jovens ficaram mais caseiros após dois anos de restrição por causa da COVID

Se para alguns jovens a volta de eventos presenciais, após dois anos de restrição na pandemia, tem sido agitado e com festas frequentes, outros deixaram as noitadas para trás e ficaram mais caseiros. No isolamento, se conectaram com outros prazeres – como curtir o streaming ou fazer exercícios físicos. Agora são mais seletivos e as saídas têm horário bem definido para acabar.

 

Muitos associam a mudança a um autoconhecimento motivado por reflexões na quarentena. Eles não necessariamente deixam de sair, mas estão mais exigentes e passam a respeitar mais as próprias vontades. Cedem menos a pressões de amigos ou turmas. Os especialistas destacam que os jovens caseiros têm a possibilidade de descobrir novos interesses e fortalecer vínculos familiares. Mas, alertam, a reclusão em excesso pode indicar quadros de depressão ou fobia social.

 

A aluna de jornalismo Júlia Duarte, de 22 anos, conta que mesmo amigos que saíram da pandemia com “espírito festeiro” acolhem sua fase mais caseira. Antes, a jovem era a “inimiga do fim”. Hoje, no máximo, ela quer estar em casa às 23h. Baladas e bares foram substituídos por almoços e cafés da tarde.

 

E, se antes, Júlia perguntava apenas que hora começaria o rolê, o questionário tem, ao menos, duas perguntas extras: que horas termina e o tipo de ambiente. “As pessoas têm o hábito de pensar que foram dois anos em que a gente não viveu. Na verdade, foram dois anos de mudança. Muita coisa se atualizou na minha vida”, reflete a jovem de Fortaleza. As informações são do Estadão. 

 

Foto: Freepik

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