Clínicas brasileiras começam a oferecer tratamento com psicodélico

Há anos, os psicodélicos são estudados como possíveis tratamentos para graves problemas de saúde mental, como depressão resistente e estresse pós-traumático. Nos EUA, há a expectativa de que, nos próximos dois anos, sejam aprovadas terapias que usam microdoses de psilocibina (princípio ativo dos “cogumelos mágicos”) e MDMA (o ecstasy) para tratar as duas doenças, respectivamente.

 

No Brasil, estes compostos só podem ser usados em estudos científicos controlados. No entanto, clínicas brasileiras já oferecem tratamentos com substância que provoca efeitos alucinógenos: a cetamina. Substâncias são consideradas psicodélicas quando promovem alterações de sentido — intensificando o estado sensorial, por exemplo, gerando visões de formas e padrões geométricos coloridos — e de emoção — resgatando memórias afetivas do inconsciente.

 

A cetamina é um anestésico em uso desde a década de 1970. Apesar de não ser considerada uma substância psicodélica clássica, ela está classificada como um composto dissociativo, ou seja, é capaz de fazer com que os usuários se sintam fora de controle ou desconectados de seu corpo e do ambiente em que estão. O paciente se submete sessões de infusão que duram aproximadamente 50 minutos, duas vezes por semana. A aplicação endovenosa de pequenas doses de cetamina deve ocorrer em clínicas especializadas ou em ambiente hospitalar, e sob supervisão de um médico anestesista.

 

Além disso, o paciente deve estar com os sinais vitais monitorados, fazendo uso de oxímetro, tendo os batimentos cardíacos acompanhados e a pressão arterial aferida a cada dez minutos. Durante a sessão de infusão, o paciente pode apresentar aumento do ritmo cardíaco e de pressão arterial. *com informações O Globo

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