China, EUA e Canadá detectam objetos voadores não identificados. O que se sabe até agora, confira

Autoridades marítimas da província de Shandong, no leste da China, informaram que viram um objeto voador não identificado sobrevoando a região neste domingo (12). De acordo com a publicação, as autoridades chinesas já se preparam, na ocasião, para derrubar o objeto e moradores locais já teriam sido alertados, por meio de mensagens, para se protegerem.

 

Do mesmo modo, aconteceu na América do Norte. Desde a semana passada, três objetos voadores foram abatidos nos Estados Unidos e no Canadá. Neste sábado (11), um equipamento foi destruído enquanto sobrevoava o norte do Canadá. Na sexta-feira (10), um objeto foi abatido no espaço aéreo do Alasca. No fim de semana passado, um balão de vigilância chinês também foi derrubado na costa da Carolina do Sul.

 

Os EUA derrubaram um novo objeto que sobrevoava a região do Lago Huron, na fronteira com o Canadá, neste domingo (12) segundo anunciou a deputada democrata Elissa Slotkin, do estado do Michigan, em sua conta nas redes sociais. Segundo a ABC News, uma autoridade do governo americano em condição de anonimato afirmou que o objeto “era uma estrutura octogonal com cordas penduradas, mas nenhuma carga perceptível”. Ele também teria dito que apesar de não haver indicação de capacidade de vigilância no objeto, essa possibilidade não pode ser descartada.

 

O alto funcionário do governo ouvido pela TV americana disse ainda que os EUA detectaram um contato de radar no estado de Montana no último sábado e enviaram caças para investigar. Essas aeronaves não identificaram nenhum objeto relacionado aos contatos do radar, o que levou as autoridades a acreditarem que poderia se tratar de uma “anomalia”. A situação seguiu sendo monitorada.

 

No dia seguinte, domingo, o governo readquiriu o contato do radar e detectou um “objeto não tripulado” sobre Wisconsin e Michigan, acrescentou o oficial. Ele estava sobrevoando a região do Lago Huron, na fronteira com o Canadá. O objeto foi abatido por pilotos da Força Aérea dos EUA e da Guarda Nacional.

 

Segundo ele, as autoridades estão trabalhando para recuperar o objeto e, assim, saber mais detalhes sobre ele. “Grande trabalho de todos os que cumpriram esta missão tanto no ar como na volta ao quartel-general. Estamos todos interessados em exatamente o que esse objeto era e seu propósito”, escreveu a deputada Elissa Slotkin em suas redes sociais.

 

Balão chinês abatido nos EUA carregava equipamentos de espionagem

Imagens de aviões-espiões U-2 mostraram que o balão chinês que sobrevoou os Estados Unidos na semana retrasada estava, “inequivocamente”, equipado com dispositivos para coletar dados de Inteligência, e não meteorológicos, afirmou um funcionário de alto escalão do governo americano.

 

De acordo com o Departamento de Estado, imagens detalhadas tiradas por U-2s americanos em alta altitude mostraram que o equipamento do balão “era claramente para vigilância de Inteligência e era inconsistente com o equipamento a bordo dos balões meteorológicos”.

 

“Tinha várias antenas para incluir uma matriz provavelmente capaz de coletar e geolocalizar comunicações”, descreveu a diplomacia americana, em uma nota oficial.

 

Ainda segundo o funcionário do governo americano, que pediu para não ser identificado, o balão “estava equipado com painéis solares grandes o suficiente para produzir a energia necessária para operar múltiplos sensores ativos de coleta de dados de Inteligência”.

 

O dispositivo chegou a atravessar grande parte do país, sobrevoando áreas onde os Estados Unidos armazenam mísseis nucleares em silos subterrâneos e bases de bombardeiros estratégicos.

 

O dispositivo chegou a atravessar grande parte do país, sobrevoando áreas onde os Estados Unidos armazenam mísseis nucleares em silos subterrâneos e bases de bombardeiros estratégicos.

 

Esse incidente levou o secretário de Estado americano, Antony Blinken, a cancelar uma viagem iminente a Pequim, planejada há muito tempo, com o objetivo de melhorar as relações entre as duas superpotências rivais.

 

O funcionário disse que Washington acredita que o balão estava sob controle do Exército Popular da China e que faz parte de uma frota de balões enviados por Pequim para mais de 40 países nos cinco continentes para coletar informações de Inteligência.

 

— Acreditamos que o fabricante de balões tem uma relação direta com o Exército da China — afirmou.

 

Ainda segundo ele, os Estados Unidos avaliam se tomarão medidas contra as entidades chinesas ligadas à operação do balão, o que sugere que poderiam impor-lhes sanções.

 

Com informações: CNN/oGlobo

REUTERS/Aly Song

Compartilhar agora