BOA NOTÍCIA: Anvisa analisa medicamento que evita piora da Covid e pode ser liberado em breve

O Regen-Cov, da empresa americana Regeneron, que oferece 76% de proteção contra os sintomas da doença e reduz em 81% o risco de contaminação de quem mora com um infectado, poderá ser liberado pela Anvisa nas próximas semanas. O produto formado pelos anticorpos monoclonais casirivimab e imdevimab, produzidos em laboratório, é aplicado em dose única por meio de uma injeção.

 

Ele se mostrou eficaz para evitar a progressão da Covid-19 e também prevenir o contágio de pessoas que moram com alguém infectado. É o que indicam os resultados de dois testes realizados pelo fabricante em parceria com o NIAID (Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos EUA).

 

 

No primeiro deles, 204 pessoas que tinham acabado de ser diagnosticadas com Covid-19, mas estavam assintomáticas, foram divididas em dois grupos (controle e placebo). Entre aquelas que tomaram o remédio, houve 76% menos casos de progressão para Covid sintomática, três dias após a aplicação do medicamento.

 

Entre os pacientes que tiveram sintomas, eles duraram 45% menos tempo – e houve redução total, de 100%, nos casos de internação pela doença. O segundo teste envolveu 1.505 voluntários, que não tinham coronavírus – mas moravam com pessoas infectadas pelo Sars-CoV-2. Eles foram divividos em dois grupos: metade recebeu o Regen-Cov e a outra metade placebo.

 

No grupo que tomou o remédio, houve 72% menos casos de infecção pelo Sars-CoV-2 uma semana após a aplicação do medicamento. Essa proteção cresceu para 93% nas semanas seguintes, e se estabilizou em 81% após um mês.

 

1,6% dos voluntários tiveram efeitos colaterais, como náusea, vômitos, febre, calafrios e obstrução intestinal – mas isso só ocorreu quando o medicamento foi aplicado em doses altas, de 2.400 mg ou 8.000 mg. A dose padrão, que se mostrou eficaz, é 1.200 mg.

 

O Regen-Cov obteve autorização emergencial da FDA em fevereiro de 2021. Ele é aplicado por meio de injeção subcutânea, e custa US$ 2 mil nos Estados Unidos. No Brasil, a Anvisa tem até dia 1 de maio para emitir um parecer sobre o uso emergencial. Lembrando, que o medicamento é um complemento para o tratamento e não elimina a imunização pelas vacinas.

 

Composto por dois anticorpos, o tratamento custa 2 mil dólares, cerca de 11,5 mil reais.

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