Audiência de instrução de Marcelo da Silva, no Caso Beatriz Mota inicia nesta terça-feira, em Petrolina (PE)

A audiência de instrução de Marcelo da Silva, acusado pelo assassinato da Beatriz Angélica Mota começou a partir das 8h, desta terça-feira (22), na Vara do Tribunal do Júri de Petrolina (PE). A previsão é de que 16 testemunhas de acusação e de defesa, além do réu, sejam ouvidas no fórum da cidade. Diante da repercussão do caso, haverá reforço policial durante os dois dias de audiência.

 

É por meio da audiência de instrução que se decide se o acusado vai a júri popular. Em setembro, Marcelo da Silva foi denunciado pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, com emprego de meio cruel e mediante dissimulação, recurso que dificultou a defesa da vítima).

 

A audiência começará com os depoimentos das oito testemunhas de acusação – incluindo os pais de Beatriz, Lucinha Mota e Sandro Romilton,- arroladas pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE).

 

Em seguida, será a vez das oito testemunhas de defesa. Por fim, o réu também será interrogado, mas, como determina a lei, terá o direito de permanecer em silêncio.

 

A imprensa não foi autorizada pela Justiça a acompanhar a audiência. Os repórteres poderão apenas fazer entrevistas e imagens em frente ao fórum.

 

Por causa do número alto de depoimentos, o Juízo da Vara do Júri de Petrolina agendou dois dias para a audiência. Caso nem todas as testemunhas compareçam – e o MPPE e a defesa insistam na presença delas – uma nova data será marcada para completar essa fase do processo.

 

Após isso, o representante do MPPE e o advogado de defesa do réu terão que apresentar as alegações finais. Só então, a juíza Elane Brandão Ribeiro irá decidir se Marcelo irá a júri popular.

 

“A juíza vai ouvir o Marcelo da Silva, pode ouvir testemunhas, peritos, enfim, quem ela achar importante, depois ela vai decidir se encaminha ele para júri popular. A gente acredita que sim porque as evidências e as provas são muito fortes. A gente tem muita fé que ele vai ser julgado e condenado”, disse a mãe de Beatriz, Lucinha Mota nas redes sociais.

 

Marcelo da Silva, de 40 anos, é acusado de matar Beatriz Angélica Mota, de 7 anos, no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, em Petrolina (PE), em dezembro de 2015. Marcelo contou que havia entrado no colégio, onde ocorria uma festa de formatura, para conseguir dinheiro.

 

Beatriz, que havia saído da quadra esportiva para beber água, teria começado a gritar ao perceber a presença do acusado próximo a ela. Ele, então, teria levado a menina até uma sala isolada, onde praticou o crime.

 

A descoberta do suspeito ocorreu duas semanas após os pais de Beatriz caminharem por 23 dias, de Petrolina até o Recife, para cobrar justiça. A caminhada, que encontrou apoiadores em todas as cidades, teve repercussão nacional e expôs a demora da polícia para solucionar o crime.

 

Além da ouvida do acusado, outras provas, como uma reprodução simulada na instituição de ensino, foram produzidas para a conclusão das investigações. O inquérito policial foi concluído em julho deste ano. Contou com 27 volumes, totalizando 5.831 páginas.

 

 

Com informações JC Online e Edenevaldo Alves

Foto: Reprodução

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