Alzheimer: primeiros sinais da doença podem surgir nos olhos, dizem cientistas

Cientistas do Centro Médico Cedars-Sinai, nos Estados Unidos, lideraram a maior análise já feita sobre as mudanças que ocorrem na retina dos olhos devido ao diagnóstico de Alzheimer, e como elas se relacionam com as alterações cerebrais e cognitivas da doença. Os pesquisadores encontraram uma série de marcadores que podem ser associados à patologia, e acreditam que os sinais podem ser um dos primeiros capazes de indicar o Alzheimer.

 

“Essas descobertas podem eventualmente levar ao desenvolvimento de técnicas de imagem que nos permitam diagnosticar a doença de Alzheimer mais cedo e com mais precisão e monitorar sua progressão de forma não invasiva, olhando através do olho”, diz a professora de Neurocirurgia, Neurologia e Ciências Biomédicas no Cedars-Sinai, e principal autora do estudo, Maya Koronyo- Hamaoui.

 

A análise foi publicada na revista científica Acta Neuropathologica. No novo trabalho, os cientistas conseguiram coletar a retina e o tecido cerebral de 86 doadores humanos para analisá-los. É o maior número de amostras do tipo proveniente de pacientes estudado até então. O feito não é simples, levou um total de 14 anos para que os pesquisadores conseguissem todas as doações.

 

Parte dos indivíduos tinham Alzheimer quando vivos, em diferentes estágios, enquanto outros tinham comprometimento cognitivo moderado ou eram saudáveis. No estudo, os responsáveis compararam as amostras de cada grupo para identificar as diferenças na retina entre eles. *com informações O Globo

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