Após polêmica com currículo, Governo adia posse do novo ministro da Educação, entenda:

Desde o anúncio de Carlos Decotelli como novo ministro da Educação, várias dúvidas giram em torno do seu currículo divulgado assim que foi oficializado na pasta na última quinta (25).

 

A primeira delas foi um doutorado na Universidade Nacional de Rosário, na Argentina, título que acabou questionado pelo próprio reitor da instituição, Franco Bartolacci. Segundo ele, Decotelli teve a tese de doutorado reprovada. Ontem, o MEC apresentou um certificado de que Decotelli cursou a carga horária total de disciplinas necessárias para o doutorado na Argentina, mas o documento não comprova a defesa e a aprovação da tese, etapa que é obrigatória para a obtenção do título de doutor.

 

Também foram encontrados indícios de que o novo ministro copiou trechos de outros trabalhos acadêmicos em sua dissertação de mestrado, sem dar a devida citação aos autores originais — incorrendo, portanto, em plágio. Decotelli, nega as acusações e diz ter acontecido “falhas técnicas”.

 

Na manhã desta segunda, 29, saiu a notícia que o novo ministro da Educação não fez pós-doutorado entre 2015 e 2017 na Universidade de Wuppertal, na Alemanha, ao contrário do que consta em seu currícullo Lattes. A informação foi dada pela assessoria de imprensa da própria universidade: Ele não adquiriu nenhum título em nossa universidade. A Universidade de Wuppertal não pode fazer nenhuma declaração sobre títulos obtidos no Brasil” diz trecho da nota.

 

A posse do novo ministro da Educação, Carlos Decotelli, inicialmente marcada para esta terça-feira (30), foi adiada pelo governo. Não foi marcada uma nova data. Segundo informações do G1, ministros confirmaram a informação alegando precisar  “checagem completa” do currículo de Decotelli.

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