Disputa por território no tráfico de drogas, alavanca violência em Juazeiro

Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2025 revelam que a violência letal segue concentrada nas regiões Norte e Nordeste, com os estados do Amapá e da Bahia liderando o ranking dos mais violentos do país.

 

Ao todo, o estado baiano tem cinco cidades entre as 10 mais violentas do Brasil. No ranking, Juazeiro ocupa a terceira posição devido as guerras entre facções, predominância dos grupos criminosos e mortes violentas.

 

O município, com cerca de 250 mil habitantes, viu o número de mortes violentas intencionais crescer 9,6% no último ano e chegar a 194 vítimas, com uma taxa de 76,2.

 

Segundo o anuário, o tráfico e guerra entre grupos criminosos também justificam o número de mortes. Na região, duas facções têm maior domínio: Bonde do Maluco (BDM) e uma dissidência deste grupo, intitulada “Honda”.

 

Vale lembrar que neste ano, houve a transferência de cinco detentos do presídio de Juazeiro para a unidade de segurança máxima de Serrinha. Entre os traficantes transferidos, estava o líder da Honda: Diogo Bernardino, que comandava a facção de dentro da cela do conjunto penal.

 

Além dele, outro nome que estava entre os presos transferidos, foi Robson dos Santos. Apesar de não te uma vinculação firme na facção, ele atuava no tráfico de drogas da região e era responsável por homicídios.

 

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) informou que nos últimos dois anos houve redução no número de mortes violentas: 6% em 2023 e 8,2% em 2024.

 

A SSP também afirmou que a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO) fez um trabalho específico em Jequié e que, depois disso, não houve registro de aumento de mortes violentas na cidade. A secretaria não especificou qual foi o tipo de trabalho, nem quando ele foi realizado.

 

No que se refere aos casos de mortes decorrentes de intervenções policiais, a “SSP reafirma que todas as ocorrências são investigadas pela Polícia Civil e pelas respectivas corregedorias.

 

Fonte: RedeGN

 

Foto: Freepik

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