Estudo afirma que bolsa família evitou mais de 700 mil mortes e oito milhões de internações

Um estudo publicado pela revista The Lancet Public Health revelou que o Programa Bolsa Família evitou, entre 2004 e 2019, mais de 700 mil mortes e oito milhões de internações hospitalares, com efeitos especialmente significativos entre crianças menores de cinco anos e idosos com mais de 70 anos.

 

Segundo informações foram examinados dados de 3.671 municípios, definidos pela qualidade adequada de registro civil e das estatísticas, representando mais de 87% da população brasileira.

 

A pesquisa foi conduzida por Rômulo Paes, do Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz (CEE-Fiocruz), Daniella Cavalcanti, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Davide Rasella, da Universidade de Barcelona, e colegas.

 

 

 

Para o coordenador do CEE-Fiocruz, o Bolsa Família, além de combater a pobreza, tem efeitos diretos na saúde da população brasileira.

 

“O estudo indica a excepcional consistência e resiliência do Programa Bolsa Família, indicando que ele possui um desenho que foi sendo aperfeiçoado ao longo do tempo e que sobreviveu aos momentos críticos para a gestão pública no país”, apontou Rômulo Paes.

 

 

Um dos maiores programas de transferência de renda com condicionalidades do mundo, o Bolsa Família teve impacto expressivo na saúde da população brasileira ao longo de seus vinte anos de existência.

 

No Brasil, avaliações anteriores também demonstraram que o programa alcançou impactos positivos, conseguindo reduzir os riscos de doenças infantis e maternas, bem Como a mortalidade por causas específicas, como HIV/ Aids e tuberculose, especialmente em populações mais vulneráveis.

 

 

 

 

 

Fonte: Folha PE

 

 

Foto: Roberta Aline | MDS

Compartilhar agora