Pesquisa aponta que desemprego recuou para 9,3% em 2022, o menor nível em 7 anos

A taxa média de desemprego no Brasil recuou para 9,3% em 2022, ante 13,2% em 2021. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) e foram divulgados nesta terça-feira (28/2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

O resultado anual é o melhor em 7 anos, desde 2015, quando o índice de desocupação no país foi de 8,6%. Na comparação com 2021, foram 3,9 milhões de desempregados a menos no país.

 

No ano passado, o número de trabalhadores ocupados cresceu 7,4% em relação a 2021, somando 98 milhões. O nível de ocupação subiu pelo segundo ano seguido e foi de 56,6%.

 

Em 2022, o valor médio anual do rendimento real habitual foi de R$ 2.715, um recuo de 1% em relação a 2021 (perda de R$ 28). Por outro lado, a média anual da massa de rendimento foi de R$ 261,3 bilhões, o maior patamar da série histórica, com alta de 6,9% (mais R$ 16,9 bilhões) em relação a 2021.

 

“O ano de 2021 foi de transição, saindo do pior momento da série histórica, sob o impacto da pandemia e do isolamento ocorrido em 2020. O ano de 2022 marca a consolidação do processo de recuperação”, avalia Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE.

 

Dados de dezembro

 

No trimestre encerrado em dezembro do ano passado, o desemprego no Brasil ficou em 7,9%, queda de 0,8 ponto percentual na comparação com o trimestre anterior. Em novembro, o índice ficou em 8,1%.

 

O dado divulgado no último mês do ano ficou ligeiramente abaixo da expectativa do mercado. O consenso Refinitiv projetava percentual de desocupação de 8% em dezembro.

 

A população desocupada do país alcançou 8,6 milhões de pessoas, o que representa recuo de 9,4% (menos 888 mil pessoas) em relação ao trimestre encerrado em setembro e de 28,6% (menos 3,4 milhões de pessoas) na comparação com o mesmo período de 2021.

 

A população ocupada somou 99,4 milhões de pessoas, o que indica estabilidade em relação ao segundo trimestre de 2022. Na comparação com o mesmo período de 2021, a alta foi de 3,8% (mais 3,6 milhões de pessoas).

 

A amostra da Pnad Contínua, considerada o principal instrumento para monitoramento da força de trabalho no país, corresponde a 211 mil domicílios pesquisados. O trabalho de pesquisa envolve cerca de 2 mil entrevistadores em 26 estados e no Distrito Federal, integrados à rede de coleta de mais de 500 agências do IBGE.

 

Com informações: Metrópoles

Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

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